“Faça o político trabalhar. Não o reeleja!”
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A revista Veja desta semana traz um tema que, infelizmente, não é novidade para os brasileiros, mas que sempre revolta, ainda mais quando as cifras são expostas: no Brasil, o custo da corrupção é de R$ 82 bilhões por ano.
Na capa, inclusive, há uma lista do que seria possível fazer com essa quantia tão astronômica.
E por mais que saibamos que a corrupção não está presente apenas na esfera política, é inevitável que nosso olhar, quando essa discussão vem à tona, volte-se para os homens de colarinho branco e ficha suja.
Não farei por aqui um tratado sobre os políticos que sucumbiram a essa praga, muito menos relatarei casos – atuais ou antigos – que ilustrem essa mazela. Para isso tenho colegas blogueiros muito mais competentes que eu e que dão show nesse tipo de análise.
Quero escrever como uma cidadã que se indigna em constatar que seu país está entre os mais corruptos do mundo. E como escreveu o Reinaldo Azevedo na revista, não podemos generalizar que o Brasil está entre os mais corruptos, mas sim o poder público brasileiro.
Ontem, a primeira reportagem do Jornal Nacional mostrou o drama de um casal gaúcho que está com a filha e os netos, gêmeos que nasceram prematuros, na UTI. Em virtude da falta de atendimento adequado, a jovem e as crianças correm o risco de morrer. E é claro que sempre há um engravatado que, em frente às câmeras, faz aquela cara de paisagem e tenta justificar o injustificável.
Sim, porque não há explicação que dê conta de fazer esses pais entenderem por que o município não tem UTI neonatal; não há discurso bonito que vá contribuir na recuperação da saúde desses três cidadãos brasileiros, que deveriam ser assistidos pelo Estado.
E essa história que ontem ocupou alguns minutos no horário nobre da TV Globo certamente em poucos dias cairá no esquecimento e se tornará apenas uma estatística. Nós iremos esquecer; os médicos irão esquecer; o motorista da ambulância que levou a moça a uma cidade que ficava a mais de 500 km de onde ela morava irá esquecer; o Bonner e a Fátima Bernardes irão esquecer. Só a família jamais esquecerá.
E o que podemos fazer?
No Face, há uma frase sendo compartilhada em vários perfis que diz o seguinte: Campanha do vereador trabalhador. Faça o vereador trabalhar. Não o reeleja. Pela limpeza e renovação da câmara.
É claro que as mudanças que podem minimizar os efeitos da corrupção no Brasil não acontecerão por causa de frases postadas em redes sociais, mas escrevi no meu perfil que, como blogueira, escreverei incansavelmente sobre esse assunto.
Não acho que só os vereadores precisem “trabalhar” e, portanto, precisem perder seus cargos. Isso se aplica aos deputados e senadores e também às funções do Poder Executivo.
Generalizar é perigoso e prova de senso comum; acho mesmo que há aqueles que até tentam fazer um bom trabalho.
Mas… sinceramente?
Para mim, político algum é bom o bastante para ser reeleito, mesmo prefeitos, governadores ou o presidente.
Esta história de que quatro anos são insuficientes para fazer as propostas saírem do papel e se tornarem reais soa como desculpa dos políticos incompetentes.
Deixá-los menos anos no poder pode ser uma maneira de contribuir para que tenham menos tempo de usurpar nosso dinheiro.
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