ARS reafirma suas propostas para combate à crise em Serrinha Bahia e região, conclui-se que é urgente a revisão das políticas públicas que visam o desenvolvimento e, em especial, a geração de emprego e renda em Serrinha- BA.
A Central Assessoria Regional Sindical em Serrinha – Bahia reafirma sua posição diante da crise financeira que assola a economia regional e que começa a se refletir sobre as economias das cidades de toda a região nordeste da Bahia. Em reunião com os principais dirigentes das entidades filiadas a ARS para discutir ações de enfrentamento à crise e traçar um cronograma de mobilizações a serem realizadas em todos os municípios e entidades de atividade econômica e principais sindicatos que representam trabalhadores.
"A ARS não medirá esforços para impedir que a crise incida sobre a classe trabalhadora e cobrará dos Governos Estaduais e Municipais ações rápidas e efetivas para a retomada da produtividade e do consumo, o que significa manutenção e ampliação de vagas no mercado de trabalho", disse Carlos Miranda Lima Filho – Presidente da Assessoria Regional Sindical.
Para a ARS a solução para o enfretamento à crise e aos efeitos que ela tem causado sobre importantes setores da economia brasileira é a geração de emprego e renda, diferente do cenário de demissões, redução de salários e flexibilização de direitos.
Em Serrinha estamos passando pela pior fase quanto à oferta de emprego e qualificação os jovens que querem e precisa entrar no mercado com seu primeiro emprego.
Criar Políticas de geração de emprego no setor privado e no setor público, especialmente para os segmentos mais vulneráveis, a exemplo das mulheres e da população negra.
Fazer um trabalho especial de geração de emprego e renda na agricultura a partir do fortalecimento da Agricultura familiar e garantia de preços mínimos.
Trabalhar com ações para garantir crédito e seguro para a agricultura familiar, como também o crédito imobiliário, visando combater o déficit habitacional.
MEDIDAS EMERGENCIAIS
Estruturação pelo Governo Municipal para pequenas empresas, assalariado e trabalhadores em geral.
Constituição, em caráter emergencial, de Câmaras Setoriais e especialmente nos setores mais atingidos pela crise do crédito e retração da atividade econômica (construção civil, têxtil e calçados, alimentação etc), de forma que as iniciativas de apoio do Estado representem contrapartidas na área da garantia do emprego, melhoria das relações de trabalho em cada setor.
Fortalecer o cooperativismo e associativismo rural e as revendas agropecuárias e cerealistas.
Estabelecimento de políticas específicas econômicas e sociais para mini e pequenos produtores rurais excluídos do mercado.
Estabelecimento de políticas específicas de abertura e conquista de novos mercados agrícolas, em parcerias públicas e privadas, com atuação forte e integrada do MAPA, MDIC e Ministério das Relações Exteriores e com a consolidação da atuação dos adidos agrícolas no exterior.
Assim, ao analisar a geração de emprego e renda em uma região, convém analisarmos aspectos históricos e a conformação local das políticas econômicas, bem como as influências externas. Se tomarmos como exemplo os estados nordestinos, a análise dos indicadores nos leva a concluir que alguns fatores que influenciam a conformação do mercado de trabalho no Brasil também estão presentes, e, juntamente com fatores locais, explicam as dificuldades que a maioria da população ainda enfrenta ao buscar emprego, a despeito do crescimento contínuo do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Dentre os fatores gerais que estão presentes na Bahia, destacamos o baixo nível de escolaridade, a alta informalidade e as desigualdades de renda entre homens e mulheres e entre as regiões do Brasil. E do ponto de vista do desenvolvimento local, devemos analisar a história recente do estado e as políticas públicas implementadas, que são idênticas as nossas em Serrinha e região.
As pessoas que migram do meio rural se encaixam no perfil já ressaltado pelos estudos: baixa escolaridade e pouca informação geral. Quando não saem do estado, se acomodam fatalmente, em sua maioria, no setor informal, segundo dados do próprio governo do estado. Mesmo com uma crescente, porém modesta, geração de novos postos de trabalho, o desemprego se mantém em torno de 35% da População Economicamente Ativa (PEA). Na verdade os postos de trabalho têm sido prioritariamente gerados no meio urbano, enquanto o meio rural continuamente apresenta taxas decrescentes de emprego e também de população.
Assim, diante das informações aqui analisadas, conclui-se que é urgente a revisão das políticas públicas que visam o desenvolvimento e, em especial, a geração de emprego e renda em Serrinha- BA. Não é possível continuarmos acreditando que alcançaremos o desenvolvimento sem investirmos pesadamente em educação de qualidade e em programas de inserção real da população no mercado de trabalho, o governo municipal precisa INTERAGIR com a comunidade e principalmente com entidades representativas (qualificando-a tecnicamente e investindo em atividades que priorizem as vantagens regionais, por exemplo). Uma vida digna e produtiva é a única garantia de uma população ativa, saudável e capaz de contribuir efetivamente para o desenvolvimento sustentável, com sua participação consciente e crítica.
Carlos Miranda Lima Filho.
Sindicalista e Radialista DRT 1422.
Presidente da Assessoria regional Sindical – Serrinha BA.
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