terça-feira, 5 de junho de 2012

Seca vai durar até outubro - Bahia

Seca vai durar até outubro



Até outubro deste ano, o semiárido baiano vai continuar convivendo com chuvas abaixo da média ou quase nenhuma precipitação pluviométrica.
 A seca atual se assemelha ao cenário registrado a partir de 1962.



Essas previsões se baseiam num estudo mensal sobre ocorrência de chuvas mantido pelo físico e professor associado da Universidade Federal de Alagoas, Luiz Carlos Molion. PhD em Meteorologia pela Universidade de Wisconsin, Molion fez palestra ontem, no penúltimo dia da nona Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães, a 900 quilômetros de Salvador.
Segundo o docente, os fenômenos meteorológicos se repetem em ciclos, determinados por ventos, temperatura do mar,  ciclos da lua, gás carbônico e metano expelidos naturalmente por solos e oceanos. 
Os modelos de previsão meteorológica não funcionariam em razão de não estarem habilitados a traduzir essas mudanças naturais. “Se os modelos fossem bons teriam previstos a seca na Bahia”, disparou.
Com modelo próprio, que se baseia em dados como a temperatura do Oceano Pacífico (que ocupa 35% da superfície terrestre), Molion avalia que a estiagem rigorosa não se repetirá ano que vem, mas podem voltar a acontecer daqui a dois ou três anos, exigindo de produtores e agrônomos a adoção de técnicas adequadas aos novos volumes de chuva. “Dificilmente temos dois anos de estiagem”, observou.

“Na década de 60, em 62 tivemos estiagem forte, que não aconteceu em 63 e 64, mas voltou em 65, com menos intensidade”.
Por outro lado, Luiz Carlos Molion vê dificuldades em se prever a intensidade das chuvas no oeste baiano, em razão da falta de dados por mais de 20 anos.
A estimativa dele tem relação com o cálculo de probabilidade, mais preciso tanto maior for a base de dados pesquisados. Ainda segundo o palestrante,  nos próximos anos teremos duas a três ocorrências de seca com a gravidade atual. 
Tese será levada para a Rio+20 
Polêmico, o físico pretende levar para a Conferência Rio+20 a tese de que a elevação na emissão de gás carbônico é positiva, não impactando nas instabilidades climáticas.
“O nível de gás carbônico é atualmente baixo. Vamos botar gás carbônico na atmosfera que a agricultura vai precisar e já temos 7 bilhões de pessoas para alimentar. Invocando dados de satélite, Molion  destaca que nos últimos 30 anos “se você tirar os El Nino e recalcular a tendência, verá que o clima está ficando mais frio ou próximo da estabilidade”.

Segundo ele, após a segunda guerra o desenvolvimento industrial elevou o volume de CO2 de 300 para 390 partes por milhão e, ainda assim, a temperatura caiu.
 O pesquisador argumenta que o aquecimento global é fruto de um movimento cíclico, entre eras glaciais e interglaciais, que prevê a variação de momentos superfrios com outros de maior calor. A fase atua estaria ainda a seis a oito graus abaixo do período mais quente.Seca vai durar até outubro Publicada: 05/06/2012 00:30| Atualizada: 04/06/2012 23:48
Adriano Villela REPÓRTER
 http://www.tribunadabahia.com.br/news.php?idAtual=117687

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